quinta-feira, 7 de junho de 2012

O Despertar de Um Sonhador.

Lembro- me de meus dias de infância, infância essa marcada pela constante demonstração de violência mental proporcionada unicamente por aqueles que deveriam ser exemplo. Exemplo de vida, mestres da vida que muitas das vezes não passam de aprendizes e que de muito se valem da inocência e sinceridade infantil. Queria poder compreender tudo aquilo que minha inocência não permitia, queria ter sido o psicólogo que sou hoje, queria ter salvado meus pais, conseqüentemente me salvado também. Queria ter sido bom filho, não ter recebido toda aquela energia negativa que explodiu em meu espiritual quando assim se faziam valer através de seus insultos e lamentos. Não queria hoje achar culpados. Meu primeiro jogo se chamava "sobrevivência". Jogos que levamos para a vida inteira foi minha primeira diversão, me escondia em lugares que os olhares deles, - Já esquecidos de mim. - não encontravam minha dor muito menos sofrimento, tinha esperança. Essa mesma esperança que inconscientemente depositada em algo invisível e mudo chamado deus. Esse mesmo ser que me condenou - não só eu como muitos por aí. - com seu castigo de privar um criança de ter seus pais e não poder usufruir de seu papel como tais, me cansei de pedir por algo que a cada dia se tornava mais longínquo chegando a se tornar impossível como pude constatar. Eu era apenas uma criança. Mas a vida não me deu escolha, tive amizades diferentes tais como a bebida, revolta, solidão, e principalmente o ódio, ódio por não ter a resposta para aquela pergunta tão dolorida que roubou minha infância e acelerou meu crescimento. Hoje não tenho mais amor de ambos os lados, os dois se foram, não para além da compreensão do homem mas sim para o mundo do remorso, frustração e melancolia. Não e fácil ver um amor incondicional, lavrado por poetas, descrito até por um suposto deus ser simplesmente desfeito, por sujos e inconcebíveis valores sociais e financeiros. Aprendi muito com meus erros, e com os erros que os meus criadores cometeram mais que infelismente refletem em mim. Sou apenas mais um história, em mundo de sofrimento e dor sem fim, tendo como única certeza poder escolher como me machucar.

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